quarta-feira, 10 de abril de 2013

Gonçalo Ribeiro Telles


O arquitecto paisagista,  galardoado com o Prémio de Arquitectura Paisagista Sir Geoffrey Jellicoe  2013, defendeu hoje "uma paisagem coerente, cultural e social no território"  do país.

(…) é autor dos jardins da sede da Fundação  Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto *(Prémio Valmor  de 1975), e dos projectos do Vale de Alcântara, da Radial de Benfica, do  Vale de Chelas e do Parque Periférico, entre outros. [Lusa]
"A crise é fruto do desprezo da Economia para com a Agricultura, o Ambiente, o planeamento do território,  ..." - disse, hoje, aos microfones da Antena Dois.

Sempre se preocupou com os problemas relacionados com o despovoamento do interior, o abandono das terras agrícolas, a descaracterização das paisagens construídas pelas gentes ao longo de séculos por todo o país desde o Minho ao Algarve, a venda de edifícios emblemáticos, designadamente as escolas primárias, o abandono das aldeias, o excesso de eucaliptais, etc. - "todos os dias saem do país camiões carregados com pedras das construções, muros, vedações e monumentos que são vendidos para Espanha, para condomínios de luxo em Madrid" - alertou um dia para os perigos que corre o nosso património.

Muito admiro o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, merecedor do prémio hoje  atribuído.
Espero que doravante os responsáveis pela vida pública estejam atentos aos seus ensinamentos.

C.J.C.