O arquitecto paisagista,
galardoado com o Prémio de Arquitectura Paisagista Sir Geoffrey Jellicoe
2013, defendeu hoje "uma paisagem coerente, cultural e social no
território" do país.
(…) é autor dos jardins da sede da
Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto *(Prémio
Valmor de 1975), e dos projectos do Vale de Alcântara, da Radial de
Benfica, do Vale de Chelas e do Parque Periférico, entre outros. [Lusa]
"A crise é fruto do desprezo da Economia para com a Agricultura, o Ambiente, o planeamento do território, ..." - disse, hoje, aos microfones da Antena Dois.Sempre se preocupou com os problemas relacionados com o despovoamento do interior, o abandono das terras agrícolas, a descaracterização das paisagens construídas pelas gentes ao longo de séculos por todo o país desde o Minho ao Algarve, a venda de edifícios emblemáticos, designadamente as escolas primárias, o abandono das aldeias, o excesso de eucaliptais, etc. - "todos os dias saem do país camiões carregados com pedras das construções, muros, vedações e monumentos que são vendidos para Espanha, para condomínios de luxo em Madrid" - alertou um dia para os perigos que corre o nosso património.
Muito admiro o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles,
merecedor do prémio hoje atribuído.
Espero que doravante os responsáveis pela vida pública
estejam atentos aos seus ensinamentos.C.J.C.