domingo, 21 de novembro de 2010

Crónica de um novo dia

Domingo em casa.
A chuva cai e pára. Os raios solares espreitam por entre as nuvens.
Belo quadro!
A janela voltada para a cidade permite observar um clima de paz e harmonia, parece que feito de propósito para um dia de domingo como este.
Quero ficar em sintonia, mas não posso. O trabalho chama por mim.
Olho à volta.
Dois livros: um com o filho mais velho a estudar, o outro com o mais novo a preparar o teste para amanhã.
O sol atira-nos jorros de luz que recebemos como fonte de vida.
Mas, atenção! O brilho do astro-rei, daí a pouco, perde intensidade, ofuscado por uma negra nuvem que passa.
Este fenómeno astral constitui uma alerta para as vicissitudes da vida que somos obrigados a enfrentar no nosso dia a dia.
A jornada corre cada vez mais veloz para a meta.

A claridade diminui gradualmente de intensidade.
E o dia dá lugar à noite!

Mas, a luz, essa fica!
Fica connosco, sem qualquer marca do tempo! É a luz que adorna o dia concedendo-lhe uma auréola de eternidade.
Um dia nasce novo e "novo" fica para sempre. Alguma vez alguém evocou um dia velho?
Claro que não!
Noite alta. Batem 24 horas.
Eis o dia.
Um novo dia!